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O que é Transtorno da Compulsão Alimentar (TCA) ?

  • Foto do escritor: Thayane Fraga
    Thayane Fraga
  • 2 de set. de 2019
  • 3 min de leitura

Atualizado: 21 de out. de 2019

De acordo com o DSM-5 (Manual de Diagnóstico para Transtornos Mentais desenvolvido pela American Psychiatric Association), um episódio de compulsão é caracterizado por ingestão de uma quantidade de alimentos definitivamente maior do que a maioria das pessoas comeria no mesmo espaço de tempo em circunstâncias semelhantes (ou seja, comer demais no natal ou aniversário pode não ser uma compulsão, pois a maioria das pessoas poderia comer em excesso nessas situações)

Envolve também enorme sensação de falta de controle sobre a ingestão durante um episódio (ex. sentimento de não conseguir parar de comer ou controlar o quê e quanto está comendo), além de normalmente atender a pelo menos 3 dos seguintes aspectos:

- Comer mais rapidamente que o normal. - Comer até sentir desconfortavelmente cheia. - Comer grandes quantidades na ausência de fome física. - Comer sozinha por vergonha do que está comendo. - Sentir-se desgostosa de si mesma, deprimida ou muito culpada em seguida.

Dessa forma, o Transtorno da Compulsão Alimentar gera um sofrimento marcante na vida da pessoa (DSM-5).


Compulsão Alimentar - Distúrbio Alimentar - Transtorno Alimentar
Compulsão Alimentar - ilustração do pinterest

Dentre os fatores envolvidos no desenvolvimento e manutenção da compulsão alimentar estão os socioculturais (ex: mídia e padrão de beleza), familiares (ex: comentários negativos e cobranças a respeito da imagem corporal) e individuais (ex: experiências traumáticas, temperamento e personalidade, estilo neurocognitivo, dentre outros).


É muito comum identificar também, um histórico de impulsividade, baixa autoestima, insatisfação corporal, dificuldades de controle geral, ansiedade e/ou depressão e dificuldades no funcionamento interpessoal.


Compulsão alimentar não é falta de força de vontade ou de vergonha na cara!

É importante ressaltar que compulsão é diferente de exagero, comum em algumas situações quando há uma grande variedade e quantidade de comida disponível, como festas, rodízios e buffets.


Todavia, o sentimento de estar sempre exagerando na comida merece atenção, principalmente quando o comportamento alimentar envolve sofrimento e interfere na qualidade de vida. O ideal é procurar ajuda de profissionais qualificados no assunto!



TRATAMENTO PARA COMPULSÃO ALIMENTAR


Os objetivos do tratamento são: corrigir possíveis carências nutricionais, eliminar as compulsões e normalizar o comportamento alimentar, utilizando por exemplo, técnicas de automonitoramento, questionamentos sobre as crenças alimentares e identificação dos gatilhos para as compulsões, a fim de estabelecer uma organização da rotina alimentar que atenda as necessidades nutricionais, a partir de metas e estratégias graduais.


Já temos resultados indicando que a prática de dieta restritiva pode funcionar como gatilho para o desenvolvimento de compulsão alimentar, gerando pensamentos obsessivos por comida e hiperfagia (aumento da fome) (Racine et al, 2011). A American Dietetic Association (ADA) se posiciona desde de 1994 pontuando que os distúrbios alimentares se manifestam tipicamente após um período de restrição alimentar (ADA, 1994). Diante disso, o tratamento adequado não deve ser feito com prescrição de dieta restritiva, pois pode levar a paciente a um estado de sofrimento ainda maior.



Para o tratamento dos TA, a(o) nutricionista precisa ser capacitado na área, pois, apenas a graduação em nutrição não prepara o profissional para as especificidades dos Transtornos Alimentares, e algumas habilidades pessoais precisam ser desenvolvidas.


Espero ter ajudado,


Até breve!


REFERÊNCIAS:


ADA - American Dietetic Association. - Position of the American Dietetic Association: nutritional intervention in the treatment of anorexia nervosa, bulimia nervosa and binge eating. J Am Diet Assoc 94: 902-7, 1994.


ALVARENGA, M.S. et al. Nutrição Comportamental. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2019.


Racine SE, Burt SA, Iacono WG, McGue M, Klump KL. Dietary Restraint

Moderates Genetic Risk for Binge Eating . J Abnorm Psychol. 120(1):

119–128, 2011.

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Eu acredito que alimentação saudável deve ser algo leve, sustentável (que a pessoa consiga manter ao longo da vida), e deve promover bem-estar, não sofrimento. Por isso, se você está em busca de uma alimentação equilibrada, quer melhorar a sua relação com a comida, quer entender os seus hábitos alimentares e como as suas emoções influenciam a sua alimentação, e além disso, quer aprender a fazer escolhas conscientes nas diferentes situações da vida, entre em contato comigo através do botão abaixo.

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